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Os 60 anos de Tarantino e a genialidade de um dos maiores cineastas da história 


Não dá para falar sobre cinema sem reconhecer a contribuição de Quentin Tarantino para a história da sétima arte. Ousado, irreverente, autêntico e um verdadeiro apaixonado pela trajetória da produção cinematográfica mundial, basta acompanhar alguns de seus filmes para entender o porquê de toda a reverência. 

Imagina alguém que reescreve a história do nazismo e da morte de Hitler. Ou que consegue dar uma nova versão à famosa história da seita de Charles Manson. E esses são apenas detalhes na incrível filmografia de um dos maiores diretores de cinema de todos os tempos. 

No parágrafo anterior mencionei, respectivamente, Bastardos Inglórios e Era Uma Vez em Hollywood. Mas dentre os longas, meu preferido sempre vai ser Pulp Fiction, de 1994. 

Primeiro pelo roteiro não linear e a capacidade de ir e vir na história, ora detalhando como algo aconteceu e ora trazendo de volta os personagens que já haviam morrido na narrativa. E aqui contém spoiler. A cena de Vincent surgindo na casa de Butch após usar o banheiro é uma das mais emblemáticas desse vai e vem. Uma morte repentina e inusitada bem ao estilo dos roteiros dirigidos por Tarantino. 

Tem também a cena da famosa dança com Mia que faz referência aos Embalos de Sábado à Noite (1977), com um habilidoso John Travolta (Vincent) sendo homenageado na dança, que o projetou, à época, a um dos grandes galãs de Hollywood. 

A ideia de narrativa sob vários ângulos aparece também em Jack Brown, de 1997. Como a mesma história vista por vários observadores em uma loja e meu personagem preferido, o vilão meio perdido de De Niro, o Louis.

Cães de Aluguel, de 1993, que consagrou Tarantino, também trouxe um estilo peculiar de contar a história e deu a marca presente em todos os filmes, a discussão de assuntos aleatórios como as músicas de Madonna em meio à armação de um grande assalto a banco. E aquela cena em que os escolhidos estão reunidos como em uma sala de aula e os pseudônimos são as cores, com mais debates perdidos do nome dado a cada um, e a mesma estratégia usada muitos anos depois por La Casa de Papel e os também pseudônimos dos países dados aos assaltantes. 

Meu raso conhecimento de cinema jamais vai conseguir alcançar a complexidade da obra de Tarantino. Nem dá para imaginar que vá existir outro cineasta parecido com tanta ousadia em recontar fatos históricos e ter licenças poéticas que só podem ser concedidas a grandes gênios da história. Desse lugar ele nunca vai sair. 

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